sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Segunda primeira vez

Ainda me lembro como se fosse hoje, afinal certas coisas são inesquecíveis.A primeira vez....e a segunda primeira vez....

Opa! Como assim segunda primeira vez???Pois bem...aqueles que já leram alguns artigos aqui deste blog sabem que sempre que me refiro a minha primeira vez associo a algo um tanto traumatizante e nada prazeroso.Como 90% das meninas perdi minha virgindade com um garoto pelo qual estava apaixonada e engordando a estatística posso dizer que foi um horror...dor, medo e nada de prazer.Porém a vida algumas vezes, de alguma forma nos apadrinha com uma espécie de segunda chance, e foi o que aconteceu comigo.

Até os 20 anos de idade eu me relacionava com homens, sem nunca manifestar qualquer traço homossexual, nem exteriormente nem no meu profundo íntimo e por motivos que não vem ao caso deste blog (senão viraria um blog psicoterapeutico) um belo dia acordei simplesmente apaixonada pela minha melhor amiga.

Laura era aquela amiga que se divide a cama desde criança, aquela que sabe todos seus segredos, que esteve presente no seu primeiro beijo, na sua primeira menstruação, na sua primeira vez, na primeira e na seqüência de decepções amorosas, aquele com quem se briga por ciúmes, aquela que é a única pessoa com quem você passa horas em silêncio sem ser incômodo (sim porque o silêncio incomoda dependendo da companhia),aquela amiga que simplesmente dividiu tudo de bom e de ruim da sua vida.

De repente coisas triviais como vê-la tomar banho sentada no vaso sanitário começou a ser uma tarefa incômoda, antes aquele corpo conhecido sequer atraia minha atenção, a menos que eu tivesse que alardear o surgimento de uma nova celulite na coxa de Laura, algo que só nós mulheres certamente aperceberiamos com nosso olhar (mas que na adolescência é um drama).Olha-la tomar banho havia virado uma tortura, eu olhava seu corpo e era como se estivesse vendo-o pela primeira vez e dentro da minha cabeça havia uma batalha entre o certo e o errado, sentia-me envergonhada de mim mesma e com medo que talvez meus pensamentos pudessem ser lidos pelo meu olhar.

Certa noite, num sábado qualquer, daqueles que se está sem um tostão e sem nenhum lugar pra ir, estávamos em minha casa assistindo um filme, todos haviam dormido, já era tarde.Uma deitada pra cada lado do mesmo sofá cobertas por um edredom fofo curtindo a monotonia daquele sábado.

Não me lembro por quê motivo começamos a conversar sobre segredos, alegando que não tínhamos segredo algum uma para com a outra.Neste momento eu disse:_ Bem eu tenho um segredo só meu, que vou levar pro caixão! – óbvio que isto fez com que ela tomasse esta frase como um desafio para descobrir que segredo era esse.

Horas depois de tortura pela parte de Laura, de muita chantagem emocional eu timidamente assenti contar-lhe o segredo através de um pedaço de papel que eu passei por baixo do edredom para as mãos dela,cobrindo imediatamente minha cabeça para não olhar as expressões de Laura ao ler meu bilhete que dizia: "Eu gosto de você, mas é mais do que como amiga.Por favor não fique sem falar comigo por isto"

Laura leu e seguiu-se um breve silêncio quebrado pela voz dela como num sussurro: _Ei, sai debaixo desse edredom vai! –levantei o rosto vagarosamente e ainda me lembro que eu sentia o coração bater na boca, os dedos das mãos suavam frio e eu senti como esse momento fosse uma eternidade.

Meus olhos suplicando compreensão encontraram os dela que estavam calmos e serenos no momento que ela disse: _Eu sinto a mesma coisa por você! – eu mal podia acreditar no que havia ouvido

_ Não Laura, você não me entendeu, não estou dizendo que gosto de você como irmã ou qualquer coisa fraternal, digo que gosto de você no sentido de estar apaixonada entende?

_ Eu te entendi perfeitamente e sinto a mesma coisa por você!

Ok, ela sentia a mesma coisa e o que eu deveria fazer agora? Como se beijava uma mulher? Epa! perai como eu faria amor com uma mulher.....meu Deus !!!

Eu estava apavorada, de repente pensava que nunca havia lido, conversado a respeito disso, não sabia nem como nem por onde começar.Afinal o que fazem duas mulheres na cama????

Minha cabeça rodava e misturava ansiedade e medo, e me senti de novo como uma virgem total e completa, com medo e assustada.

_ Vamos dormir Laura, está tarde amanhã continuamos essa conversa. – fomos para meu quarto na única cama existente que dividimos por tantas vezes mas que nesta noite parecia a coisa mais apavorante do mundo.

Deitamos e como de costume ela se virou e me abraçou de costas do jeito que fazíamos desde crianças, porém agora parecia que meu corpo latejava e que o corpo dela transmitia uma quentura que eu jamais percebera antes.Nossas respirações estavam alteradas, como quem está com dificuldade de puxar o ar.

_ Vira aqui pra mim. – disse Laura

_ Não to morrendo de sono, vamos dormir logo pelo amor de Deus que eu to morrendo de vergonha de você!

Laura riu e adormecemos.

O dia seguinte passou tão depressa entre nossos afazeres juntas, não tocamos no assunto nenhuma vez sequer e isso me fez sentir aliviada.Quando a noite chegou resolvi dormir na casa dela.

Pra variar deitamos na única cama existente no quarto dela, as luzes se apagaram e só se podia ouvir baixinho a televisão da sala, que a mãe dela havia deixado ligada enquanto cochilava.

Nós duas estávamos de barriga pra cima e conversando como sempre antes de dormir.

_ Você está fugindo de mim porque? – essa frase me pegou de surpresa e como um soco no estômago, respondi por ação e reação:

_ Eu estou com medo, porque não tenho a menos idéia de como te beijar!

_Se este é o problema pode deixar que eu beijo você!

Laura girou seu corpo sobre o meu e selou seus lábios nos meus, a principio num beijo terno e sereno parecendo uma valsa suave, mas instantes depois ela me beijava com ardor, com paixão, entrega e desejo.

Como eram doces os lábios de Laura, mesmo aquele beijo sendo intenso era delicado, afinal era a boca de uma mulher.

De repente era como se cada parte do meu corpo assim como que por instinto soubesse o que fazer.

Jamais esqueço a lembrança de tirar a blusa de Laura e ver ali a poucos centímetros de meu rosto os bicos rosados e enrijecidos dela.Chupei-os fascinada pela textura que eles tinham ao toque da minha língua.Quanto mais eu sugava, ela gemia baixinho e mexia seu quadril de uma forma que me deixava alucinada, ela encostava a buceta na minha coxa e tirava.

Instintivamente deslizei minha mão por dentro da calça de seu pijama, puxando de lado sua calcinha de algodão e encontrando ali a maciez daqueles pelos aloirados e meio lisos,meus dedos afastaram os grandes lábios dela e encontraram uma buceta escorrendo líquidos quentes.Tudo que pensei na hora foi em fazer nela como eu costumava fazer em mim quando me masturbava.

E assim eu deslizava esfregando aquele grelinho que ficava mais durinho e latejava quanto mais eu o esfregava.Ela remexia ainda mais o quadril e isso ia me deixando louca.

Como era maravilhoso ver uma mulher com desejo, como era gostoso sentir o sussurro adocicado daqueles gemidos.

Eu me sentia maravilhada, descobrindo um mundo novo e totalmente fascinante.

Eu queria poder acender a luz, para me deleitar com seu rosto embriagado de tesão, ,eu queria bebe-la numa taça como quem aprecia o melhor vinho de sua vida.

Eu queria agradece-la por ser mulher e por permitir que eu pudesse degustar cada pelo,pele e cheiro daquele corpo suave.

Não bastava sentir suas carnes úmidas entre meus dedos, e enlouquecida me coloquei entre suas pernas, beijando suas coxas, lambendo sua pele pedaço a pedaço cheguei à sua buceta.Ela afagava meus cabelos e respirava ofegante, eu esfregava meu rosto naqueles pelos pubianos, apreciando a textura deles em minhas bochechas.Afastei com os dedos seus grandes lábios para que pudesse mesmo que na penumbra, ver sua buceta ali completamente aberta diante de meus olhos.E não me perguntem como eu simplesmente enfiei minha língua ali e sabia exatamente o que e como fazer.

Eu chupava, mamava naquele grelo delicioso e perfumado e ao mesmo tempo enfiava um dedo dentro de sua buceta sentindo ela se contrair por dentro.Era delicioso beber daquele liquido que sua buceta me oferecia, ela apertava minha cabeça contra sua pélvis com força, quase me sufocando e isso me deixava ainda mais louca.Eu podia sentir minha buceta escorrendo de tanto tesão e assim dessa maneira, chupando aquela buceta deliciosa ela gozou em minha boca e eu simplesmente gozei no nada.....de tão excitada que eu estava.

Eu subi e ela me beijou longamente.

Nos vestimos e dormimos abraçadas como de costume mas ali não estavam mais duas amigas dividindo a cama, e sim duas mulheres que dormiam o sono exausto dos amantes.

E assim foi a minha primeira vez outra vez.

Muito melhor que a primeira, mais intensa, mais especial, mais calma, e muito mais surpreendente.

Eu nunca podia imaginar que seria possível um prazer tão intenso sem que um pênis estivesse envolvido.

Naquela noite eu aprendi a gozar com todas as partes de meu corpo,mais que isso eu aprendi a arte do prazer completo.Duas mulheres juntas não tem preliminares porque não existe o ato do coito, ou seja, a relação é do começo ao fim inteira, acontece sem pressa,aproveitando cada toque,cada sensação.

Naquela noite eu aprendi como é lindo ver uma mulher gemer, aprendi como é totalmente enlouquecedor vê-la mexer seus quadris, como é maravilhosa a textura sedosa de nossa pele, como é aconchegante as carnes macias de nossas curvas, como é delicioso o gosto do nosso prazer que oferecemos entre nossas pernas,como é estimulante nossos gemidos, como é quente e acolhedora nossa buceta. Eu enfim descobri porque uma mulher é um anjo e um demônio ao mesmo tempo.

E mais que admirar cada suspiro de uma mulher eu me redescobri, porque afinal de conta eu sou uma mulher passível de todos esses encantos que eu descobri nos braços de Laura.

Descobri o quanto mais eu poderia explorar de todos esses detalhes de mim mesma para fazer-me ainda mais atraente.

Se ela me tocou? Claro, ela fez praticamente tudo que eu fiz com ela.Porém fazem anos que este fato ocorreu e o que ficou de verdade não foi o que ela fez comigo e sim o que eu fiz com ela, as sensações não que ela causou em mim tocando-me e sim a arte de ter prazer em proporcionar prazer.

Laura foi a única mulher que me fez ser o gostar de ser ativa,porque eu queria dar prazer a ela mais que tudo, eu queria devora-la.

Lembro que só Laura fez com que eu lamentasse ser mulher.Eu queria ter acordado homem por um único dia só para saber com era estar dentro dela.

E foi a partir desse dia que tudo mudou completamente em minha vida....

Laura...mais que minha amiga, confidente a primeira mulher que eu amei e que jamais esquecerei o gosto doce de suas carnes rosadas.